top of page
Buscar
  • Foto do escritorcontatoekonjr

AUMENTO DE TEMPERATURA NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM

O fenômeno da urbanização é resultado do crescimento vegetativo natural da cidade e do aumento dos fluxos migratórios, especialmente das áreas rurais, como processo histórico está relacionado ao crescimento econômico, fertilidade em declínio, maior expectativa de vida da população e deslocamento espacial geográfico. O próprio fenômeno da urbanização e, consequentemente, o processo de expansão urbana são fomentos e objetos da acelerada evolução tecnológica decorrente da Revolução Industrial.

O fenômeno da urbanização vem ocorrendo principalmente na região norte do país, especificamente, nas grandes metrópoles amazônicas, ou seja, as pessoas que estão nascendo no norte do Brasil estão se conduzindo para viver nas grandes cidades. Sendo assim, essa tendência deixa de forma clara o comportamento da urbanização brasileira nesse século, haja visto que, regiões anteriormente ricas em cobertura vegetal, atualmente sofrem a expansão de novas frentes de urbanização.


Fonte: Um Brasil


Com o desenvolvimento de grandes cidades e o acelerado processo de evasão rural, a degradação vegetativa se torna uma realidade preocupante, visto que o crescimento desordenado e sem controle, ocasiona a retirada desse ecossistema importante para a manutenção das condições climáticas não somente da região amazônica como também em escala global, pois, a floresta Amazônica representa um terço das florestas tropicais do mundo, desempenhando papel imprescindível na manutenção das condições climáticas global. As diversas formas no uso e cobertura do solo associados às atividades antrópicas são responsáveis pelas prováveis alterações no clima, como: o aumento de temperatura do ar, mudanças nos padrões do vento, redução ou aumento da precipitação em algumas localidades, redução da umidade do ar e do solo, e variações na incidência de radiação solar.

É característico da Região Metropolitana de Belém elevadas temperaturas, as quais estão ligadas com vários eventos meteorológicos e climáticos. Dado isso, devemos entender que as altas temperaturas estão relacionadas com algumas características da região, como: latitude, altitude, continentalidade e/ou oceanidade, massa de ar e vegetação.


Fonte: Mundo Educação


Se olharmos profundamente a temperatura do ar na região metropolitana de Belém, observamos que varia de acordo com o período, apesar disso as temperaturas de modo geral são elevadas, em virtude que a região se localiza próxima da linha do equador e apresenta baixa altitude. É notório que em períodos chuvosos, as temperaturas se encontram relativamente baixas em comparação a períodos menos chuvosos, logo mais teremos uma explicação desse ocorrido.

O fotoperíodo, ou seja, duração de insolação, varia de doze horas (12h) sem nuvens e seis horas com nuvens, variando durante os períodos chuvosos. Neste caso, a latitude implica diretamente na temperatura e no fotoperíodo, uma vez que dado a baixa latitude de Belém faz com que a radiação solar dure em torno de doze horas (12h), além do mais, quanto mais próximo da linha do equador, maior será a sua temperatura, que é o caso da região de Belém. Comparando regiões mais afastadas da linha do equador, podemos entender essa diferença.

Belém se encontra com dez (10) metros de altitude, de forma resumida para entendermos melhor, quanto maior a altitude, menor é a temperatura, logo a região se encontrando com uma altitude baixa (em comparação com outras regiões), a sua temperatura se encontra elevada.


Fonte: Ambiente Brasil


Em relação ao fator oceanidade, este diz que regiões litorâneas, ou seja, próximas de oceanos, tendem a ter menos variação de temperatura, mantendo-a baixa em comparação com a continentalidade, ou seja, regiões mais afastadas do oceano. Regiões litorâneas tendem a ter uma temperatura baixa, posto que o oceano regula a temperatura local.

A massa de ar que se encontra em Belém se denomina de massa equatorial atlântica (mEa), trazendo uma massa de ar quente e úmida, com ela, se tem precipitações e em consequência temos baixas temperaturas em períodos mais chuvosos.

As vegetações têm como função regular as temperaturas e proteger o solo, entretanto com o avanço populacional e industrial, as áreas verdes estão em um processo de decrescimento. Esse avanço mundial traz consequências nas variações da temperatura, visto que a vegetação por regular a temperatura, exerce uma função que é “quebrada” com a sua perda. Com o avanço dos anos, tivemos também o avanço da indústria e das tecnologias, assim como o avanço da diminuição da vegetação, isso é notório quando trazemos dados, por exemplo no período de 1930 a 1960, Belém se encontrava com temperatura média anual de 25,9ºC e em 1967 a 1996, Belém se encontrava com temperatura média anual de 26,4º C, no período de 2011 a 2020, Belém se encontrava com temperatura média anual de 27,1º C. Todos esses dados podem ser observados no site do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

De modo geral, vários fatores influenciam nas altas temperaturas localizadas na região metropolitana de Belém, sejam eles fatores meteorológicos e climáticos ou de ações antrópicas, como já citadas anteriormente. Apesar dos fatores característicos da região contribuírem para essas altas temperaturas, ações políticas e sociais podem contribuir para a minimização do aumento da temperatura anual com o decorrer das décadas, entre essas ações podemos citar o investimento por políticas ambientais, como a restauração de áreas desmatadas.

Sendo assim, políticas públicas com substancial significado moral e jurídico são imprescindíveis para a eficácia das ações que devem ser tomadas visando a mudança da questão de transfiguração socioespacial, visto que o Brasil é vulnerável às mudanças climáticas, especialmente quanto aos extremos climáticos de precipitação e temperatura, os quais vem se destacando no mundo devido às consequências causadas por eles, tanto para o ramo econômico quanto social. Para isso, é necessário lançar mão de novas formas de planejamento e gestão municipal para que até mesmo a comunidade participe ativamente desse processo, principalmente na tomada de decisões sobre ações de políticas públicas.








BASTOS, Therezinha Xavier et al. Aspectos climáticos de Belém nos últimos cem anos. Embrapa Amazônia Oriental-Documentos (INFOTECA-E), 2002.

CIRINO, Luciana Dos Santos; VITORINO, Maria Isabel; DE HOLANDA, Bruno Silva. Análise climática da variabilidade natural e antrópica para uma metrópole amazônica. Revista Brasileira de Iniciação Científica, v. 6, n. 2, p. 3-26, 2019.


CIRINO, Luciana Dos Santos; VITORINO, Maria Isabel; DE HOLANDA, Bruno Silva. Análise climática da variabilidade natural e antrópica para uma metrópole amazônica. Revista Brasileira de Iniciação Científica, v. 6, n. 2, p. 3-26, 2019.


NUNES, Hildo. Metereologia e Climatologia: Tempo e clima, atmosfera, estrutura e composição. Belém, Pará. 2022. PDF. 28 slides.

31 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page